Aparecida Gonçalves, que participa em Belém do 'Diálogos Amazônicos', conheceu as instalações e os serviços da UsiPaz Cabanagem.

Ministra Aparecida Gonçalves, entre os secretários de Estado Paula Gomes (d) e Igor Normando (e), na UsiPaz Cabanagem

Ministra Aparecida Gonçalves, entre os secretários de Estado Paula Gomes (d) e Igor Normando (e), na UsiPaz Cabanagem Foto: Matheus Maciel, Nucom Seac

“A grandiosidade desse trabalho (Usinas da Paz), a diversidade, a inclusão de crianças, adolescentes e mulheres. São mais de 1.700 pessoas que têm sido atendidas aqui, o dia inteiro. Isso apresenta um resultado para baixar a criminalidade, para construir democracia, para construir cidadania. Acho que isso é muito impactante”, enfatizou a titular do Ministério das Mulheres, Aparecida Gonçalves, na visita à Usina da Paz Cabanagem, neste sábado (05). Presente em Belém para o evento “Diálogos Amazônicos”, a ministra aproveitou para conhecer um dos nove complexos multifuncionais mantidos pelo Governo do Pará.

Comitiva que visitou a UsiPaz CabanagemComitiva que visitou a UsiPaz Cabanagem - Foto: Vinícius Lima/Seac

Acompanhada pelo secretário de Articulação da Cidadania, Igor Normando; pela secretária de Estado das Mulheres, Paula Gomes, e pela gestora da UsiPaz Cabanagem, Ivanilda Vieira, e de equipe técnica, a ministra conheceu os três prédios da Usina, incluindo salas de gastronomia e informática, bibliotecas adulto e infantil e as salas de atendimento psicológico e assistencial.

Segundo Paula Gomes, a presença da ministra na Usina da Paz é fundamental para fortalecer o trabalho de inclusão e articulação da cidadania nas periferias. “A Usina da Paz faz a integração de todos os serviços do governo do Estado, e a Secretaria das Mulheres (Semu), sendo recém-criada, também tem o objetivo de integrar esse serviço na Usina da Paz, porque são trabalhos que estão dentro dos bairros periféricos. É importante que a Secretaria da Mulher esteja junto nesse trabalho de articulação e cidadania nas usinas, pra fortalecer o trabalho das mulheres, para que elas possam ter autonomia, e possam romper os ciclos de violência”, ressaltou a titular da Semu.

 mulheres precisam de autonomiaSecretária Paula Gomes: mulheres precisam de autonomia - Foto: Matheus Maciel, Nucom Seac

Para o secretário Igor Normando, a visita da ministra também referenda o empoderamento feminino. “Nós sabemos que as Usinas da Paz são espaços onde as comunidades se fortalecem, e nós sabemos também que mais de 70% dos lares dessas comunidades são liderados por mulheres. Por isso, construir essa articulação, tanto com a Secretaria das Mulheres, quanto com o Ministério das Mulheres, é um propósito necessário para todo o Programa TerPaz (Territórios pela Paz). E esse é um dos objetivos da nossa Secretaria, ser esse instrumento de ponte e articulação para os processos de empoderamento das minorias de toda a região periférica”, afirmou o titular da Seac (Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania)

Foto: Matheus Maciel, Nucom Seac

Sustentabilidade - A artesã e pedagoga Ana Lúcia Rosa é um desses exemplos da força feminina na periferia. Trabalhando com artesanato há mais de 30 anos, Ana Lúcia contou que foi somente a partir dos cursos feitos na UsiPaz Cabanagem que conseguiu manter um fluxo de venda, além de se aprimorar. “Eu estou aqui desde o início da Usina. Já fiz curso de corte e costura e trabalho em juta. E todo o meu trabalho é norteado pela sustentabilidade; tudo aqui é reaproveitado, de tecidos a papel. Nada vira lixo. Cada peça minha se torna um resíduo orgânico quando deixa de ser útil. Aqui nós já estamos na era da sustentabilidade”, destacou.

A ministra Aparecida Gonçalves falou ainda sobre a importância da formação cidadã e política das mulheres periféricas, e indicou a possibilidade de parceria com o governo do Estado. “Nós temos um projeto de formação profissional, que aqui já existe, mas também queremos ter formação de lideranças, de preparação dessas mulheres para além de ser empreendedoras. Que elas sejam lideranças na comunidade, na cidade, e possivelmente ser vereadoras, deputadas, e por que não senadoras e presidentes?”, finalizou.

 

Texto: Dani Franco (Nucom/Seac)