As atividades educativas da Secretaria de Educação do Estado (Seduc) são direcionadas às crianças, jovens e adultos.

Com a inauguração da Usina da Paz Nova União, em Marituba, a Secretaria de Estado de Educação vai ampliar a oferta dos atendimentos educacionais prestados à população. Somente no novo complexo comunitário, do governo do Estado, a Seduc ofertará mais de 300 vagas, distribuídas entre oito cursos e oficinas. 

Entregue pelo governador Helder Barbalho no último sábado (19), o espaço resgata a cidadania e auxilia na redução da violência por meio da transformação social. Além disso, as Usinas da Paz se destacam como um modelo de política pública articulada e inovadora em todo o Brasil. Os complexos buscam  fortalecer os laços comunitários, de maneira integrada ao Programa Territórios Pela Paz (TerPaz).

A Seduc vai disponibilizar na UsiPaz Nova União, em Marituba, aulas de reforço escolar de Língua Portuguesa e de Matemática, cursinho preparatório ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), curso livre de inglês, alfabetização para jovens e adultos, oficina de iniciação à leitura e escrita musical, além de atividades paradesportivas (beach tênis, natação e vôlei de areia) destinadas às Pessoas com Deficiência (PcDs).

“Este é um lindo projeto, que tem como um dos pilares a educação. Neste aspecto, a Seduc é a grande referência e, assim como na UsiPaz do Icuí-Guajará, em Ananindeua, e na Usipaz da Cabanagem, em Belém, vamos disponibilizar diversos serviços, cursos e oficinas para os moradores do bairro Nova União, em Marituba. Portanto, faremos com que o poder transformador da educação mude a vida dessas pessoas”, enfatizou a secretária de Estado de Educação, Elieth de Fátima Braga.

MATRÍCULAS

As inscrições foram abertas nesta segunda-feira (21), de maneira presencial, diretamente na recepção da UsiPaz Nova União, em Marituba. A disponibilidade das vagas dependerá do fluxo das demandas para cada curso e oficina. É importante ressaltar que será necessário levar originais e cópias do RG, CPF e comprovante de residência, para que as matrículas possam ser efetivas no complexo de serviços.

Segundo a coordenadora do Seduc - TerPaz (em exercício), Mílvia O’ de Almeida, “nós, enquanto Seduc, acreditamos na educação que transforma. Dessa forma, compreendemos que esta iniciativa é de grande importância para toda a sociedade, porque são ações, cursos e oficinas que vão ser de forma permanentes neste local. A UsiPaz Nova União vai fomentar o conhecimento, capacitar a comunidade e fazer com que eles coloquem em prática toda a filosofia deste belíssimo projeto social”, destacou.

Além da Seduc, mais de 35 instituições do Governo do Estado vão disponibilizar capacitações e serviços aos moradores do município de Marituba, são eles: Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), Fundação Cultural do Pará (FCP), Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa), Fundação ParáPaz, entre outras.

SERVIÇO

A UsiPaz Nova União está localizada na Passagem Bom Sossego, S/N, esquina com a Rua Dez de Janeiro, e funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h; aos sábados, de 8h às 14h; e aos domingos, de 8h às 18h. Vale ressaltar que para ter acesso ao complexo de serviços é necessário apresentar o comprovante de vacinação contra a covid-19. 

*Texto de Vinícius Leal (Ascom / Seduc)

Por Governo do Pará (SECOM)


Evento de encerramento promoveu a entrega dos certificados para os alunos em meio ao desfile de peças confeccionadas por eles.

“O curso já faz um diferencial na minha vida, pois eu já estou ganhando dinheiro. Estou trabalhando com reparos, consertos e ajustes em geral de roupas e todo tipo de vestuário, e com isso já está fazendo diferença na minha renda familiar”. Assim encerra o ciclo de aulas sobre corte e costura para iniciantes, para Rosana Leal, pedagoga, que já tinha um ateliê doméstico em casa, mas não conseguia fazer renda por falta de capacitação. Hoje (18), junto de outros 35 alunos, entre 16 e 62 anos de idade, Rosana recebeu o certificado de conclusão do curso, na Usina da Paz Icuí-Guajará, em Ananindeua.

O evento foi realizado no teatro do complexo, onde a turma preparou um desfile para apresentar peças já confeccionadas pelos estudantes. Um orgulho para Maria de Nazaré, aluna do curso, que trabalha como manicure há aproximadamente 15 anos, mas que sempre teve vontade de trabalhar com corte e costura.

“Eu cheguei aqui sem saber fazer nada, e hoje eu já consigo criar modelos pra mim e pra minha filha. A cada avanço eu me sinto mais orgulhosa de mim mesma. Penso em abrir um ateliê em casa. O curso é uma oportunidade muito boa que veio pra cá pra gente, principalmente pra quem não tem condições de pagar por esse tipo de aula”, disse Maria de Nazaré. 

Um dos professores da classe, Noberto Felix, também manifesta total admiração pela trajetória de cada uma, “nós temos alunas que chegaram aqui sem nenhum conhecimento de máquina industrial, não sabiam nem alinhavar, e hoje elas encerram mostrando roupas que foram feitas com as próprias mãos, com o próprio talento, muitas evoluíram já para acessórios, artigos de costura como necessaire, porta moeda, e eu percebi lágrima nos olhos das mulheres que saíram da cozinha de casa e resolveram, em algum momento, acreditar no potencial que elas possuem. Elas chegaram aqui moradoras do Icuí e, hoje, saem moradores e empreendedoras do bairro”.

Essa é a segunda turma que se forma no curso de Corte e Costura dentro da Usina. As aulas iniciaram em fevereiro e foram realizadas em módulos, com uma carga horária de 100 horas e em parceria com a Associação Polo Produtivo Pará – Fábrica Esperança, que tem como objetivo capacitar e preparar os alunos para o mercado de trabalho e empreendedorismo. “É um momento de muita alegria, uma felicidade imensa proporcionar mais uma possibilidade de geração de emprego e renda para os moradores do Icuí”, avalia Arthur Jansen, diretor-geral da Fábrica Esperança. 

Para Alex Melul, gerente-geral da UsiPaz Icuí-Guajará, a sensação é de dever cumprido, “é gratificante ter essas mulheres aqui sendo beneficiadas, saindo certificadas e levando mais conhecimento da Usina”.

Maria e Rosana não perderam tempo e já se matricularam para a próxima turma que inicia a partir do dia 21 de março, quando elas e outros moradores matriculados irão aprender sobre modelagem e alfaiataria. “A chegada da UsiPaz aqui tem sido um diferencial para toda a comunidade, viabiliza nossa capacitação e aumente nosso leque de oportunidades. O curso em si trabalha nosso profissional e pessoal também, a gente, que estava parada em casa, consegue ter uma perspectiva maior de produção, de formação, de ganhar o nosso dinheiro sem ter que tá correndo pra muito longe. A Usina trouxe isso pra gente, o curso é perto, é fácil de chegar, fácil de voltar pra casa, então com essa facilidade, com a qualidade do ambiente , a qualidade do curso, a qualidade dos professores, isso fez todo um diferencial na minha vida e na  vida da comunidade  em geral, hoje a gente vê que a Usina é um ponto muito procurado no bairro. O curso também me ajudou a ter certeza do que eu quero pra mim”.

Por Governo do Pará (SECOM)


A iniciativa é desenvolvida pelo governo do estado, por meio da Sectet, em parceira com a Faculdade de Tecnologia em Geoprocessamento da UFPA 

Nesta quarta-feira (18), tiveram início os trabalhos de campo do projeto Mapas Digitais no bairro do Bengui, em Belém. A iniciativa é desenvolvida pelo governo do estado por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), em parceira com a Faculdade de Tecnologia em Geoprocessamento da Universidade Federal do Pará (UFPA), e realizado nos sete bairros atendidos pelo Programa Territórios Pela Paz (TerPaz).

Para explicar a dinâmica do trabalho e solicitar apoio às equipes que percorrerão o bairro, foi realizada uma reunião, na tarde desta terça-feira (17), com as lideranças comunitárias do Bengui, na Escola Estadual de Ensino Fundamental (EEEF) Marilda Nunes. “Posso dar apoio acompanhando as equipes nas quadras próximas da minha residência”, prontificou-se o professor, Diego Teófilo, um dos líderes comunitários presentes à reunião.

Mapeamento – O coordenador do Mapas Digitais, Paulo Melo, explicou como funciona o projeto e o aplicativo que reúne todas as informações levantadas nos bairros atendidos pelo programa TerPaz. Ele esclareceu que são levantadas informações quadra a quadra, identificando onde ficam logradouros públicos e privados como postos de saúde, escolas, paradas de ônibus, supermercados. Também são registradas informações ambientais como ruas sem pavimentação, sem iluminação, terrenos baldios, locais de descarte irregular de lixo, entre outros. 

O coordenador enfatizou que são registrados não apenas os problemas, mas também as potencialidades dos bairros, com suas vendas, comércios, prestação de serviços. “Inclusive o aplicativo TerPaz Map permite a interação, possibilitando aos moradores enviar informações sobre seus pequenos comércios, como horário de atendimento e serviços de entrega”, adiantou Paulo Melo.

A gestora do TerPaz no Benguí, Juliana Chaves, destacou o forte movimento popular que o bairro registra e informou que as associações de moradores e projetos culturais também serão mapeadas e registradas no aplicativo. “Todo esse potencial cultural e de participação popular será registrado pelo Mapas Digitais e depois será objeto de detalhamento por meio de outro projeto de cartografia social”, anunciou Juliana.

Outra narrativa – Atento às nuances do Mapas Digitais, o professor Diego Teófilo destacou que o projeto possibilita outra narrativa sobre o bairro. “Além do estigma da narrativa da criminalização, esse projeto mostra outra narrativa que é sobre a vida do bairro, sua economia popular e vida cultural”, identificou o morador.

Ele também destacou que as informações levantadas podem ser usadas como subsídio para a elaboração de políticas públicas e criação de equipamentos públicos dos quais o bairro seja carente como espaços para a prática de esporte e lazer.

Concordando com Diego, o também professor Antônio Geovanys de Oliveira ressaltou que “com os dados levantados pelo projeto, podemos identificar as necessidades dos bairros e cobrar das autoridades e gestores municipais as políticas públicas de que precisamos”, disse manifestando interesse de que o projeto chegue logo no vizinho bairro do Mangueirão, onde mora.

TerPaz Map – O aplicativo do projeto Mapas Digitais está sendo finalizado e já conta com as informações sobre os bairros da Cabanagem e Jurunas, em Belém; Icuí, em Ananindeua e Nova União, em Marituba. Até o final deste mês o levantamento deve ser concluído no Benguí, Guamá e Terra Firme.

O lançamento do aplicativo será feito durante a inauguração da Usina da Paz do bairro do Icuí, prevista para o mês de setembro. “Inicialmente o aplicativo ficará disponível para o sistema androide e depois para o IOS”, informou o coordenador Paulo Melo.

Por Jeniffer Galvão (SECTET)

 


A iniciativa, que promove oficinas para o empreendedorismo, busca também conscientizar o público feminino sobre a violência de gênero

A dona de casa Nazaré Bastos, de 53 anos, era só alegria. Ela que já trabalha com artesanato, aproveitou para aprimorar os seus conhecimentos, dessa vez em outra área. “Para mim, esse curso está sendo excelente, já que eu trabalho com artesanato, e essa oficina vai me ajudar bastante a aumentar a minha renda familiar. Eu já participei de várias ações do TerPaz, que foram ofertadas aqui no bairro e só tenho a agradecer por essas oportunidades”, afirmou a moradora.  

A oficina de Confecção de Bolsas faz parte do projeto "De Menina a Mulher, Tortura que Ela Não Atura" e começou na manhã desta terça-feira (3), no bairro do Bengui, em Belém. A iniciativa busca levar conscientização, orientação, oficinas de empreendedorismo e diálogos sobre a violência contra à mulher para moradoras dos bairros atendidos pelo programa do Governo do Estado, Territórios Pela Paz (TerPaz).

Uma realização do Grupo de Teatro Palha com parceria do Grupo de Mulheres Brasileiras (GMB), Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), e patrocínio da Embaixada da França no Brasil.

"O objetivo principal dessa oficina é trazer formas alternativas de renda para as mulheres da comunidade, para que elas tenham uma fonte de renda própria e também uma ocupação, já que nós sabemos que com a pandemia muitas delas perderam os seus empregos, então criamos essa forma de ajudar, nós já realizamos várias outras ações voltadas para as mulheres e essa é mais uma delas’’, ressaltou a gestora do Território, Juliana Chaves.  

Independência financeira que também é desejada pela dona de casa Elda Costa, de 42 anos. "Esse curso é muito importante. É uma forma de aprendermos e ganharmos o nosso dinheiro, atualmente não estou trabalhando e, com esse conhecimento adquirido aqui, pretendo começar a empreender’’, afirmou a moradora.

A oficina é ministrada pela professora de Corte e Costura, Nanan Falcão. “Esse é um curso de iniciação à costura, com o foco em confecção de bolsas, as alunas vão aprender a fazer dois modelos: a ecobag e uma necessaire. Hoje tivemos a apresentação, falamos um pouco sobre costura e assim pudemos ver quem já tem alguma experiência, e quem não tem. Em seguida, cortamos o modelo da primeira bolsa e agora elas tiveram o primeiro contato com as máquinas de costura. Hoje terminamos essa primeira bolsa e amanhã vamos partir para a segunda bolsa e no último dia vamos para a fase de acabamento e finalização’’, detalhou a ministrante.   

Serão três dias de oficina até à próxima quinta-feira (5), na sede do Grupo de Mulheres Brasileiras (GMB), no bairro do Benguí. Integrante do Grupo há 14 anos, Ângela Alves, ressaltou a importância de eventos como esse.

‘’Essa parceria que o GMB tem com o TerPaz é muito gratificante, porque nós cremos que as mulheres precisam se capacitar, para aumentar ainda mais a auto estima delas e hoje iniciamos com a oficina de confecção de bolsas e seguimos com outras ações ao longo do mês de agosto e início de setembro’’, afirmou Ângela Farias, Integrante do GMB.

Cronograma de ações no TerPaz Bengui:

09/08 - Realização de Roda de Conversa sobre Violência contra Mulher, às 17h, na Igreja Batista Missionária da Paz, na Travessa São Pedro, número 54, altos. Próximo ao Pronto Socorro do Benguí.

10,11,12/08 - 2° Oficina - Grafit. Sede do Grupo de Mulheres Brasileiras (GMB).

17, 18 e 19/08 - 3° Oficina - Confecção de Bonecas Abayomi. Sede do Grupo de Mulheres Brasileiras (GMB).

24, 25 e 26/08 - 4° Oficina - Estamparia em Tecidos. Sede do Grupo de Mulheres Brasileiras (GMB).

31/08, 01 e 02/09 - 5° Oficina - Maquiagem. Sede do Grupo de Mulheres Brasileiras (GMB).

03/09 - Culminância das Oficinas / Feirinha Empreendedora com os produtos das Oficinas + Apresentação do Espetáculo 180: A Mulher do Fim do Mundo, em formato digital. Sede do Grupo de Mulheres Brasileiras (GMB).

Por Elizabeth Teixeira (SEAC)