cultura 24/08 15h15

Atividade já integra o calendário das UsiPaz há um ano, e agora envolve a nova geração de escritores.

 

Mais uma edição do Conecta da Paz foi realizada neste sábado (19), desta vez na Usina da Paz Guamá, em Belém. Com programação diversificada, incluindo apresentações musicais, jogos e cosplays, o evento foi uma parceria do governo do Estado com autores paraenses, e conquistou o público. Os estudantes Pedro e Emanuele aprovaram a iniciativa. Segundo eles, muitos eventos não contam com a presença de autores, e prestigiá-los é fundamental para a valorização da literatura. o leitorA programação aproxima autores do público-alvo da literatura: o leitor - Foto: Giovanna Piani / Nucom Seac

Marcela Bonfim, autora e idealizadora do Conecta da Paz, disse acreditar que o diálogo com o público é fundamental, principalmente pela possibilidade de conversar com pessoas de várias idades em um espaço mais afastado do centro de Belém.

Preto Michel, autor de diversos livros sobre a periferia nortista, falou sobre a oportunidade de estar no espaço e difundir conhecimento sobre a própria periferia. “Eu sempre fico feliz de estar em uma Usina da Paz, pois é um espaço bem bacana por estar em uma quebrada. É a aproximação do leitor com o escritor. Às vezes, ele não conhece o escritor, mas naquele primeiro momento ele percebe que existe alguém que mora na própria quebrada dele que já tá produzindo conhecimento. Isso incentiva ele a procurar mais, e ler mai”, ressaltou.

Foto: Giovanna Piani / Nucom Seac

O Conecta da Paz ocorre periodicamente, com programação diversificada para todas as faixas etárias. Informações sobre as próximas edições estão disponíveis nas redes sociais: @usinasdapaz. Para conhecer o trabalho de Marcela Bonfim e Preto Michel: @teindicotododia e @pretomichel42, respectivamente.

Texto: Giovanna Piani sob supervisão de Dani Franco - Nucom/Seac


cultura 14/07 12h26

Apresentação do Arara Azul aconteceu na abertura do Quadrilhódromo da Cidade Junina, um dos maiores festivais juninos do Brasil.

Foto: Divulgação

Nesta quarta-feira (28), a cidade de Canaã dos Carajás foi palco de uma emocionante apresentação do Cordão de Pássaro Arara Azul, na abertura do Quadrilhódromo da Cidade Junina, um dos maiores festivais juninos do Brasil, promovendo uma manifestação cultural genuinamente paraense na região. Ao todo, 16 atores da região participantes dedicaram dois meses de ensaio na Usina da Paz, complexo multifuncional do Governo do Estado.

O Cordão de Pássaro busca transmitir uma mensagem de inclusão, uma vez que conta com brincantes de 13 a 60 anos, além de promover a conscientização sobre a preservação do meio ambiente. 

Os músicos que se apresentaram fazem parte da renomada Orquestra Sinfônica da UsiPaz de Canaã dos Carajás, enquanto as bailarinas mirins são integrantes do Projeto do Núcleo de Iniciação Cultural (NIC), promovido pela Prefeitura. Todos os participantes do cordão demonstraram seus talentos.

Foto: Divulgação

“O Cordão de Pássaro Arara Azul é um exemplo vivo desse esforço conjunto, proporcionando um espetáculo marcante e repleto de significado para todos aqueles que tiveram a oportunidade de apreciá-lo. É essencial manter viva uma tradição com quase um século de existência e reafirmar nossa cultura para os munícipes que ainda não a conhecem”, informou Bruno Carvalho, coordenador-geral da UsiPaz Canaã dos Carajás, que é Guardião do Pássaro e também dirigiu e escreveu o espetáculo, em coautoria do autor Eliel Alpha.

Segundo o coordenador, a parceria Governo do Estado com a Prefeitura de Canaã dos Carajás foi fundamental para a realização do evento. “A Fundação Municipal de Cultura de Canaã contribuiu fornecendo os tecidos e o cenário para a apresentação, que ocorreu ontem à noite na abertura do Quadrilhódromo da Cidade Junina, um dos maiores festivais juninos do Brasil. O Cordão de Pássaro representa uma importante manifestação cultural paraense, que engloba teatro, dança e música. Essa iniciativa conjunta entre a Usina, a Prefeitura e a comunidade reflete o compromisso em valorizar a cultura local, destacando a importância do trabalho colaborativo para o sucesso de projetos artísticos e o fortalecimento das tradições regionais”, finalizou.

As músicas apresentadas foram composições autorais do talentoso cantor e compositor local Nando Durães. Os figurinos, por sua vez, foram desenhados pela atriz Pink e por Eliel Alpha, sendo produzidos na Usina da Paz pelo subtenente Alves. Um total de 23 pessoas estiveram diretamente envolvidas no projeto.

Novas apresentações - Além disso, o Cordão de Pássaro terá uma apresentação especial na Usina da Paz Canaã dos Carajás durante a colônia de férias, voltada para as crianças. Essa iniciativa tem sido fundamental para fortalecer a cultura paraense e proporcionar um espetáculo memorável para o público.

Texto: Paulo Garcia /Nucom Seac


cultura 14/07 12h12

No Bengui, o destaque foi para o Arraial de Todas as Cores que celebrou o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+.

Foto: Victoria Teixeira (NUCOM/SEAC)

Seguindo com a programação especial do mês de junho, a Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac) realizou, nesta quarta-feira (28), uma grande festa nas Usinas da Paz Padre Bruno Sechi, no Bengui, e da Terra Firme, ambas na capital paraense.

“A festa está sendo um sucesso, com a participação entusiasmada dos moradores, que estão desfrutando de um ambiente animado, repleto de música, danças e comidas típicas. Agradecemos a todos que contribuíram para tornar esse evento inesquecível e por celebrarem conosco. Seguimos firmes em nosso propósito de equidade, respeito e cidadania nas Usinas da Paz”, informou Igor Normando, titular da Seac.

Para celebrar o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+, a UsiPaz do Bengui apresentou o Arraial de Todas as Cores, que promoveu a celebração da diversidade, respeito e inclusão. Entre as ações estava o cadastro de currículos exclusivo para a comunidade LGBTQIAP+, emissão do Registro Geral (RG) e a mudança de nome na certidão de nascimento, buscando garantir a dignidade e a identidade legal das pessoas transgênero e não binárias.

Lana Larrá é ativista e representante do Comitê Gestor de Segurança Pública e Combate à LGBTQIA+fobia do Estado do Pará.Lana Larrá é ativista e representante do Comitê Gestor de Segurança Pública e Combate à LGBTQIA+fobia do Estado do Pará. /Foto: Victoria Teixeira (NUCOM/SEAC)

“Esta data é histórica, uma representatividade que começou lá atrás pelas nossas antepassadas e hoje, ter um evento dentro de uma Usina da Paz, dentro do Bengui, é de e parabenizar. Porque abrir isso para a comunidade, principalmente para pessoas que não são LGBTQIA+, dentro desse espaço, para juntos estarmos assistindo a construção dessa diversidade, é de se elogiar”, comentou Lana Larrá, ativista e representante do comitê gestor de segurança pública e combate à LGBTQIA+fobia do Estado do Pará.

A programação seguiu com apresentações de quadrilhas, com destaque para o grupo "Fogo no Rabo", um concurso de Miss e Mister LGBTQIAP+, além de diversas apresentações culturais e performance de drags. As artistas e drag Condessa Devonriver e Dangela do Curió estavam comandando os espetáculos.

A drag Condessa Devonriver foi destaque entre as apresentações na UsiPaz Bengui.A drag Condessa Devonriver foi destaque entre as apresentações na UsiPaz Bengui. /Foto: Victoria Teixeira (NUCOM/SEAC)

“A gente tem muito orgulho de representar e expor a nossa arte, de fazer com que a nossa voz seja ouvida, é um momento de celebração, alegria e tudo o que possa celebrar o amor, em todas as suas vertentes que é proposta”, disse a drag Condessa Devonriver, atual rainha Top Drag do Norte, que já atua no cenário drag há 10 anos.

TERRA FIRME

Já na UsiPaz do bairro da Terra Firme, a o Arraial Junino tomou conta da quadra poliesportiva com muita quadrilha e carimbó. A noite iniciou com apresentação de capoeira, seguindo da quadrilha Roceiros da Terra Firme, Closes Juninos e bandas que agitaram a programação. 

A professora Iza Madeira, que veio com o filho Paulo, de nove anos, estava aproveitando o arraial. "Eu estou gostando muito da festa. Porque ano passado não tivemos oportunidade de participar por causa da pandemia. E esse encontro, brincadeiras e tradições são muito importantes, aí trouxe meu filho para viver esse momento", disse Iza. 

A professora/pedagoga Iza Madeira, moradora da Terra Firme curtiu a programação ao lado do filho, no primeiro arraial pós-pandemia para a família.A professora/pedagoga Iza Madeira, moradora da Terra Firme curtiu a programação ao lado do filho, no primeiro arraial pós-pandemia para a família. /Foto: Victor Nylander (NUCOM/SEAC)

Durante a programação, o grupo de teatro Javé apresentou a peça "O auto da Compadecida". A dona de casa, Vanessa Cardoso, trouxe toda família. "Está muito legal, estou me divertindo muito. Gostei da comida, música, ficarei até o final", ressaltou Vanessa. 

No anfiteatro do complexo, teve vendas de comidas juninas, como vatapá, cachorro quente, bolo de milho, bolo podre e várias outras opções para os moradores.

Texto: Paulo Garcia (Nucom/Seac) em colaboração com Aline Seabra (Nucom/Seac)


cultura 14/07 11h11

A festividade contou com sorteio de prêmios, mostra de danças dos alunos, brincadeiras e comidas típicas.

Foto: Victória Monteiro /Nucom Seac

Foi realizada na noite desta segunda-feira (26), a Festa Junina da Usina da Paz Guamá, em Belém. A iniciativa é da Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac). Durante a programação, houve mostra artística dos alunos de dança do complexo, venda de comidas típicas, sorteio de prêmios e muita diversão para a criançada. 

O secretário de cidadania, Igor Normando, esteve presente no evento e acompanhou de perto toda a festividade. “É importante que a população tenha lazer e algo para se divertir, reunindo a família, amigos e poder dançar, experimentar delícias gastronômicas juninas é uma forma de fortalecer os laços comunitários e promover a inclusão social”, ressaltou o titular da Seac.

O coordenador geral da UsiPaz Guamá, Renato Ferreira, explicou que a grande atração da noite são os próprios alunos do complexo. “Resolvemos que  a festa seria feita totalmente pelas pessoas do bairro. Por isso, as apresentações de dança e canto, serão todos aqui de dentro. As vendas de comidas típicas também são de moradores do bairro e pessoas aqui da gastronomia”, explicou o gestor. 

As brincadeiras ficaram por conta da Fundação ParáPaz, que animou as crianças presentes com pescaria, pintura facial, pintura e recorte de desenhos, argolas e boca do palhaço, que é um jogo divertido de pontaria típico de festas juninas. A programação faz parte do projeto ParáPaz para Todos. “Pensamos em um projeto que pudesse beneficiar a todos, não só a mulher e a criança, como todos os adultos e também os idosos. O projeto traz diversão para crianças e jovens, curso de qualificação para adultos e idosos”, explicou a coordenadora geral do ParáPaz nas Usinas, Rita Melo. 

Dona Raquel Carvalho trouxe a neta Wanny e a sobrinha Maitê para o evento e elas aproveitaram para fazer pintura facial. “Estou amando que as meninas tenham um espaço para se divertir e que seja seguro, porque antes não tínhamos esse tipo de festa voltada para as crianças aqui no bairro. Elas estão se divertindo muito”, contou Raquel.

Para Iza Santos, mãe de Emily Sofia, de 7 anos, estava aproveitando bastante a festa enquanto sua filha estava jogando Boca do Palhaço. “A Emily tá se divertindo muito, tem tudo o que ela gosta de fazer, pintar, jogar e brincar. É bom que eu também aproveito para comer e dançar”, disse Iza. 

Durante o evento, também houve exposição de peças feitas pela turma de impressão 3D, da UsiPaz. A instrutora do curso Andreza Jackson estava presente para explicar os benefícios do curso, as diversas áreas de atuação e atrair mais o público para a atividade, que é recorrente no espaço. “A impressão 3D não é só para fazer brindes ou chaveiros, há várias possibilidades. Vai de decoração, utensílios de moda e até projetos de arquitetura”, explicou a professora.

Texto: Aline Seabra /Nucom Seac


Programação contou com esportes, debates políticos e lançou o Conselho Warao Ojiduna, organização representativa da etnia no Pará.

Indígenas venezuelanos Waraos residentes em Belém e Ananindeua realizam, desde o sábado (10), o I Encontro de Cultura da etnia, na Usina da Paz Padre Bruno Sechi, localizada no bairro do Benguí, em Belém.

Nesta segunda-feira (12), a programação contou com esportes, apresentações culturais e debates políticos, que, além de celebrar a resistência indígena na América Latina, também lançou o Conselho Warao Ojiduna, organização fundada para representar e fortalecer politicamente a etnia, no Pará.

O primeiro dia do encontro, sábado (10), foi dedicado aos esportes praticados pelos indígenas: futebol, voleibol, natação, e, ainda, às atividades como ralar macaxeira, cabo de guerra e arco e flecha. As oito comunidades Warao, de Belém e Ananindeua, disputaram entre si as partidas, retomando as tradicionais práticas de esportes nos encontros culturais.

Nesta segunda-feira (12), segundo dia do encontro, houve apresentação de danças e cantos tradicionais, lançamento do Conselho Warao Ojiduna, contação de histórias dos mais velhos e uma assembleia geral. Além dos Warao, outras lideranças indígenas, organizações da sociedade civil, instituições públicas e órgãos de governo também participaram.

“Para a gente esse evento é um marco, tanto pelo resultado dessa construção e organização social das próprias comunidades warao, como por ter sido realizado dentro de um equipamento que foi construído e pensado pelo Governo do Estado para que esteja à disposição das diversas comunidades. Esse não é o primeiro evento que a gente realiza com a Usina da Paz, mas esse ano a gente teve essa oportunidade de nos aproximarmos desse equipamento, de trazer essa população para dentro desses espaço, não só aqui do Benguí, mas de outras Usinas, de Belém e Ananindeua, para que eles possam conhecer esses serviços, sentir que são bem recebidos, que podem estar aqui, que pertencem a esta cidade a esses equipamentos. É um processo de construção em muitos níveis e a gente fica muito satisfeito em ter esse apoio do Governo do Estado, para que eles possam se apropriar desse equipamento e se sentirem acolhidos e pertencentes aos municípios de Belém é Ananindeua”. Traduz o significado do evento, a chefe do escritório da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), Janaína Galvão.

A ativista falou da vulnerabilidade vivida pelos povos indígenas e da importância do  movimento de reorganização social. “Depois de tantos anos residindo em Belém e em Ananindeua, esse é o primeiro encontro que eles realizam por iniciativa própria e a partir de uma articulação ampla entre todas as oito comunidades que residem nesses dois municípios. Esse encontro é resultado de um trabalho muito longo que vem sendo realizado junto a população Warao e entre eles de fortalecimento comunitário, de reorganização social, porque quando as pessoas se deslocam de seu país por motivos de perseguição ou de grave e generalizada violação dos direitos humanos e cruzam a fronteira internacional, muitas vezes elas perdem o contato com seus parentes, o tecido social é muito afetado nesse processo de deslocamento e o que a gente tem observado e promovido aqui é que a comunidade Warao tem mostrado esse desejo de voltar a se organizar, de se articular enquanto povo, enquanto grupo indígena, a partir de diversos encontros que foram realizados ao longo dos anos, então esse momento é o ápice desse processo de construção, de organização social que vem se dando ao longo dos últimos anos em Belém e Ananindeua e é muito importante, é um momento de celebração, apesar de ainda continuarem em situação de extrema vulnerabilidade, apesar de ainda estarem lutando diariamente pela sua sobrevivência, a gente já consegue ver avanços no nível de acessos a serviços, a politicas públicas e também de amadurecimento deles no conhecimento de seus direitos e seus deveres”, disse Janaína Galvão.

Juliana Chaves, coordenadora-geral da UsiPaz Padre Bruno Sechi, enfatiza a missão das UsiPaz na promoção da cidadania. “Um dos princípios básicos da UsiPaz é promover a cidadania, então a cidadania independe de nacionalidade, se são brasileiros ou venezuelanos, todos precisam ser bem acolhidos e bem recebidos, a gente tinha feito um primeiro evento com eles, apresentando os serviços da Usina para eles conhecerem e a partir daí surgiu essa ideia de fazer o encontro de celebração da cultura Warao, e foi um prazer para a gente recebê-los aqui, promover esse momento deles, de reencontro”.

A educadora e promotora de esportes, Gardência kuperkiros, também indígena venezuelana da etnia Warao, morava na Ilha da Perdenales, Estado de Delta Amacuro, antes de vir para o Brasil, há três anos, dois deles vividos em Belém, com marido e quatro filho, além de parentes que, ao todo, somam 31 membros da mesma família. 

Hoje, ela faz parte do Conselho Warao Ojiduna, e explica que o maior sofrimento da etnia na Venezuela era a falta de alimentação, mesmo trabalhando, o salário não era o suficiente para sustentar a família. Ela conta que o encontro também foi realizado com o objetivo de marcar o Dia da Resistência Indígena, comemorado no país latino no dia 12 de outubro.

“Não podíamos deixar passar em branco essa data, não podíamos deixar de mostrar nossa força, essa motivação que nós temos, apesar de todas as dificuldades que temos aqui no Brasil. Com esse encontro nós queremos que todas as instituições dos governos vejam que estamos aqui para sermos iguais, independentes de sermos de outro país, somos irmãos”.

Sobre os Indígenas Warao – Os Warao são um povo indígena oriundo da região do Delta do Orinoco, na Venezuela, que iniciaram um processo de migração forçada massiva para os estados da Amazônia Brasileira, além de outras regiões do Brasil e outros países da América do Sul, por conta da generalizada crise social que atravessa seu país de origem.

Nessa condição, essas pessoas são acolhidas no país, reconhecidas como refugiadas.
Atualmente, cerca de 700 pessoas desse povo vivem em Belém e Ananindeua, distribuídos em um abrigo público municipal, terrenos ocupados e casas alugadas onde se organizam de forma autogestionada.

Além de enfrentar a vulnerabilidade socioeconômica, a dificuldade de acesso a direitos básicos, o racismo e a xenofobia, os Warao que vivem no Brasil também lutam para preservar sua cultura indígena tradicional e compartilhar com seus filhos que já nascem em território brasileiro.


As turmas de balé em todas as Usinas da Paz seguem em andamento normal e no ano de 2023 haverá a abertura de novas vagas.

Ao som da emblemática música natalina “All I Want for Christmas Is You”, interpretada pela cantora americana Mariah Carey, a turma de balé infanto juvenil da Usina da Paz Nova União,  no município Marituba, Região Metropolitana de Belém, relembrou, na aula desta quinta-feira (1), os momentos inesquecíveis vividos no último sábado (26) quando se apresentou no IV Sapateia Belém, cerimônia de dança no Teatro Estação Gasômetro.

Essa foi a primeira vez que o grupo se apresentou em um evento fora da UsiPaz. “Para mim foi muito emocionante, eu gostei muito, na hora da apresentação eu senti uma emoção no meu coração, era o meu sonho me apresentar em um lugar tão bonito como aquele, quero me apresentar mais vezes, como uma bailarina profissional, quero ser escolhida para fazer várias viagens e ser famosa no balé”, sonha Fabiene Dayane, de 9 anos.

Fabiene, há quase um ano, faz o curso de balé ofertado pelo complexo multifuncional do Estado. “As aulas aqui estão me ajudando muito a realizar esse sonho, quando chego em casa eu sempre treino mais um pouco para poder chegar lá”, diz ela.

A turma da UsiPaz Nova União foi convidada pela organização do IV Sapateia Belém, para participar da programação junto de outras escolas de dança de Belém. Para o professor das alunas, Diogo Jacques, o momento que elas viveram despertou nele uma identificação com a própria trajetória.

“Tem uma identificação da minha parte, pela minha vivência, que me faz acreditar nessa trajetória delas, porque quando eu me apaixonei pela dança eu não tinha oportunidades, não existia espaços, lembro do meu pai tentar por diversas vezes em várias escolas, mas todas eram muito caras e ficavam no centro de Belém e eu morava na periferia também. Então, meu pai começava a comprar dvds para eu assistir e ir aprendendo, e isso transformou a minha vida de todas as formas possíveis, minha relação com o mundo de um modo geral, então fui acreditando nessa transformação que a gente começou a trabalhar com elas, que vai além da técnica da dança, a gente realmente trabalha esse desenvolvimento de potencial delas, trabalha nos sonhos que elas têm, mostra que elas são capazes de alcançar os seus objetivos, por isso, levá-las a um teatro, em Belém, com diversas outras escolas de dança, é proporcionar a elas a chance de mostrar que elas podem chegar onde elas quiserem. Foi muito bom ver o publico admirado com a dança delas, uma troca muito importante”, contou o professor.

Mesmo com uma pitadinha de medo, a Ágata Cauanne, de 10 anos, bailarina da turma, respirou fundo e encarou um dos desafios mais importantes da vida dela até o momento e o fez com gratidão à avó dela, Maria José.

“Me deu vontade de chorar porque tinha muita gente e eu fiquei feliz e nervosa ao mesmo tempo, mas eu gostei muito e agradeço à minha avó, por isso, por que foi ela que viu o comercial da Usina da Paz, na televisão, soube do curso e foi correndo tentar uma vaga para mim e conseguiu me matricular para fazer balé, que eu sempre tive vontade”, disse Ágata.

A avó, Maria José, contou que, curiosamente, o Parque da Residência, espaço onde funciona o Teatro Estação Gasômetro, era um dos lugares onde ela passava na frente quando ia e voltava do trabalho. Por anos ela fez o mesmo trajeto e nunca teve tempo e nem oportunidade de entrar para conhecer.

"Para mim, foi muita felicidade, muito gratificante, eu compro as coisinhas necessárias para ela fazer as aulas de balé, com muito prazer. Ela sempre teve vontade fazer, só que a gente não tinha curso por aqui por perto, era longe e, às vezes, a gente não tem dinheiro para condução, então acaba dificultando. Quando soube que ia ter uma Usina da Paz aqui e que teria esse curso eu vim correndo matricular ela. Foi muito maravilhoso assistir ela dançando, porque ela nunca tinha participado de eventos assim, fora da UsiPaz, então foi muito maravilhoso", disse a avó.

Ela acrescentou que, "é bom ver o esforço dessas meninas, acordando cedo, se arrumando, para viver essa experiência, dentro de um ambiente tão importante como o teatro do Parque da Residência. A Usina tem ajudado muito a gente aqui, aqui tem tudo o que se possa imaginar, só não faz quem não quer”.

Sem nervosismo algum, outra bailarina da turma, Gabriely Caldas, de 08 anos, aproveitou cada segundo dessa dia que, segundo ela, está guardado num lugar muito especial da memória e do coração dela. “Foi muito legal, a gente passeou, bateu muitas fotos, muita gente foi nos assistir, foi tudo muito incrível. Quando recebemos a notícia que íamos nos apresentar lá eu não senti nenhum nervosismo, bateu foi muita alegria porque foi nossa primeira vez fora da Usina. O balé mudou muito minha vida, nosso professor é muito legal com a gente, a gente aprende muito com ele”.

As turmas de balé de todas as Usinas da Paz seguem em andamento. A partir do ano que vem novas vagas serão abertas.


cultura 21/11 12h12

Apresentação contou com a participação da maestra convidada Alba Bomfim, em iniciativa da Secult, Theatro da Paz e Academia Paraense de Música.

 

Quando Leonice Aguiar, de 36 anos chegou à UsiPaz da Cabanagem, na tarde de quinta-feira (17), a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) ainda se organizava para se apresentar. Ela recorda da admiração dos três filhos olhando curiosos para os instrumentos musicais, estantes e partituras.

“Eu sempre sonhei em tocar violino, mas, engravidei muito jovem e precisei abrir mão desse sonho para cuidar dos meninos. Quando eu soube que a OSTP se apresentaria aqui no bairro, eu vi a possibilidade do meu sonho se concretizar em meus filhos. Eu entendo que a minha tarefa como mãe é apresentar aos meus filhos o que há de melhor no mundo e é por isso que sempre mostro o pouco que conheço sobre música para eles e, hoje, eles terão a oportunidade de assistir a um concerto ao vivo. Estou muito feliz e grata por essa oportunidade”, declarou, emocionada, Leonice.

A Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) se apresentou na noite de quinta-feira, na Usipaz da Cabanagem em Belém, em mais uma ação do Preamar da Consciência Negra. Sob o comando da maestra Alba Bomfim, a OSTP interpretou clássicos de Maurice Ravel, Claude Debussy e Heitor Villa-Lobos em um concerto com forte influência das comemorações de 100 anos da Semana de Arte Moderna no Brasil.

Sobre o concerto estar inserido nas ações do Preamar da Consciência Negra, a maestra se anima e expõe posições firmes. “Quando se é negro em um país como o Brasil, todos os dias são dias da consciência negra. E não há como esquecemos desta forma de estar no mundo, em especial quando se é artista em uma área tão elitizada como é a música de concerto”, completa a Alba. “Estou muito feliz com esse concerto, o público é muito especial, receptivo, participativo e a Orquestra é muito rica, jovial, acolhedora e extremamente preparada do ponto de vista artístico e técnico”, afimou ela.

Para Daniel Araújo, diretor do Theatro da Paz, em alinhamento com as políticas públicas desenvolvidas pelo Governo do Pará, a Secult, por meio do Theatro da Paz, vem tentando levar a programação para além dos muros do Theatro, oportunizando e dando acesso a cada vez mais pessoas onde a programação anteriormente não chegava.

“O nosso público-alvo são crianças, jovens e adultos que vivem nas regiões de maior fragilidade no entorno dos complexos chamados Usipaz, que foram construídos pelo Governo do Pará. Nossa intenção é oportunizar a essas pessoas o acesso a música que anteriormente era desenvolvida, praticada e levada ao público apenas internamente. Dessa forma, pretendemos a formação de plateia, levando uma música que muitas vezes vai ser a primeira vez que será ouvida por grande parte das pessoas”, explicou o diretor.

A iniciativa é do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), Theatro da Paz e Academia Paraense de Música (APM).

Texto de Úrsula Pereira / Ascom Theatro da Paz

 


cultura 09/11 10h15

Fundação Cultural do Pará também participará do III Festival Literário de Canaã dos Carajás.

 

Foto: Pedro Guerreiro / Ag. Pará

O Governo do Estado, por meio da Fundação Cultural do Pará, promoverá a Expedição Literária no município de Parauapebas, de 09 a 11 de novembro. Além disso, o evento conta com programação nas Usinas da Paz do município e de Canaã dos Carajás, nos dias 12, 16 e 17 deste mês. 

Em Parauapebas, ocorrerá, ainda, o Circuito do Livro, onde os escritores locais e o público vão se reunir na E.M.E.F. Antônio Matos Filho, bairro Jardim América, no dia 10 de novembro. A programação inclui sarau literomusical com os escritores Terezinha Guimarães, Victor Mamede e Ramiro Silvestre. No dia 12, o município promoverá uma acolhida com atividades dinamizadoras na UsiPaz.

Foto: Bruno Cecim / Ag.Pará

Em Canaã, as atividades acontecerão exclusivamente na Usina da Paz do município. Está integrado à Expedição o III Festival Literário e Artístico de Canaã dos Carajás (FLACC), que vai acontecer do dia 17 a 20 de novembro. A Fundação participará do evento com estandes e atividades diversas.

Programação Parauapebas
DIA 09/11
Evento: Workshop Contação de Histórias
Horário: das 13h às 18h 
Local: Biblioteca Pública Hernani Guimarães Teixeira

DIA 10/11

Evento: Curso Biblilivre
Horário: das 8h às 12h
Local: Centro Universitário de Parauapebas

Evento: Acolhida Girandolá, Teatro de Bonecos e Contação de Histórias
Horário: das 9h às 11h30
Local: E.M.E.F. Mário Lago

Evento: Acolhida Girandolá, Performance Teatral e Contação de Histórias
Horário: das 14h às 16h30
Local: E.M.E.F. Mário Lago

Evento: Curso de Restauração de Acervo
Horário: das 14h às 18h
Local: Biblioteca Pública Hernani Guimarães Teixeira

DIA 11/11

Evento: Curso Biblilivre
Horário: das 8h às 12h
Local: Biblioteca Pública Hernani Guimarães Teixeira

Evento: Acolhida Girandolá, Performance Teatral e Contação de Histórias
Horário: das 9h às 11h30 e das 14h às 16h30
Local: E.M. Eduardo Angelim

Evento: Curso de Restauração de Acervo
Horário: das 14h às 18h
Local: Biblioteca Pública Hernani Guimarães Teixeira

Evento: Roda de Conversa com os escritores
Horário: das 15h às 17h
Local: Biblioteca Pública Hernani Guimarães Teixeira

Evento: Sarau
Horário: das 19h às 22h 
Local: Centro Cultural de Parauapebas

DIA 12/11

Evento: Acolhida Girandolá, Performance Teatral e Contação de Histórias
Horário: das 9h30 às 12h
Local: UsiPaz Parauapebas

Programação UsiPaz Canaã dos Carajás

DIA 16/11

Evento: Acolhida Girandolá, Teatro de Bonecos e Contação de Histórias
Horário: das 9h30 às 12h

Evento:  Acolhida Girandolá, Performance Literária e Contação de Histórias
Horário: das 15h às 18h

Evento: Workshop sobre edital de Credenciamento de Fazedores de Cultura
Horário: das 15h às 18h

DIA 17/11

Evento: Acolhida Girandolá, Performance Literária e Contação de Histórias
Horário: das 9h às 12h

Evento: Workshop sobre edital de Credenciamento de Fazedores de Cultura
Horário: das 9h às 12h

Programação FLACC

ESTANDE DE DIVULGAÇÃO DE TÍTULOS PUBLICADOS PELA FUNDAÇÃO

17/11 | das 18h às 22h
18/11 | das 8h às 22h 
19/11 | das 8h às 22h 
20/11 | das 13h às 22h

ACOLHIDA GIRANDOLÁ E PERFORMANCES TEATRAIS
Data: 18/11
Horário: das 8h às 14h

ACOLHIDA GIRANDOLÁ, TEATRO DE BONECOS E CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
Data: 19/11
Horário: das 8h às 15h15

WORKSHOP DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
Data: 18 a 20/11
Horários: das 8h às 12h e das 14h às 18h

OFICINA DE RESTAURAÇÃO DE LIVROS
Data: 18 a 19/11
Horário: das 9h às 12h

CURSO BIBLILIVRE 
Data: 18 a 19/11
Horário: das 14h às 17h

Texto: Álvaro Frota (Ascom/FCP).

 


cultura 04/11 15h35

Exposição segue para visitação até a próxima segunda-feira (07), na área interna do prédio da Usina.

Foto: NUCOM / SEAC

Iniciou na última quinta-feira (03) a primeira edição da Exposição Aberta de Arte e Literatura da Usina da Paz Canaã dos Carajás, na região sudeste do Estado. A ação, em parceria com o Colégio Municipal Ronilton Aridal, conta com telas pintadas pelos estudantes da instituição, inspiradas em nomes importantes do modernismo brasileiro.

Na oportunidade, a escola também apresentou parte dos resultados produzidos a partir do Projeto “Ler é Crescer!”, desenvolvido ao longo do ano letivo. “Estamos muito felizes em poder fazer parte desse trabalho de incentivo à arte e literatura. Aqui estamos com inspirações de grandes obras de artistas renomados como Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Romero Brito e outras obras reproduzidas pelos nossos alunos”, explicou Ivaneide Correia, professora de artes visuais.

Foto: NUCOM / SEAC

“A exposição possibilita valorizar a cultura e a arte produzida pelos estudantes, sendo determinante para a sua formação como artista e cidadão, permitindo que a sociedade reconheça e se orgulhe deste processo formativo. A Usina da Paz aqui de Canaã dos Carajás está de portas abertas para que a comunidade se aproprie, cada vez mais, deste projeto e fomente o berço cultural da cidade”, informou Bruno de Carvalho, coordenador geral da UsiPaz Canaã dos Carajás.

Segundo o coordenador, o resultado dessa iniciativa já está rendendo bons frutos. “Essa primeira exposição já conta com um grande público de visitantes, além de outras escolas que ficaram sabendo dessa parceria e também estão solicitando a visitação, que se dá de forma guiada pelos próprios alunos da Escola Ronilton Aridal”, ponderou.

“Eu e meus colegas estamos à frente dessa exposição. A gente veio mostrar como esses artistas se expressavam, por meio de suas artes, e o nosso desafio foi reproduzir as pinturas deles. O resultado foi muito gratificante. Estou muito feliz por ter esse trabalho em exposição aqui na Usina da Paz”, comentou a estudante do 9º ano, Stefani Beatriz, de 14 anos.

Serviço: A primeira Exposição Aberta de Arte e Literatura da UsiPaz Canaã dos Carajás segue até a próxima segunda-feira (07), na área interna do prédio da Usina. No horário de funcionamento do complexo, de 8h às 22h. 

 

 


cultura 03/11 11h06

Com uma programação variada, o público atendido pela Usina aproveitou para comer muitos doces e participar de travessuras.

Sessão de cinema, contação de histórias e lendas regionais, corrida de monstros, concurso de fantasia e baile com muita música fizeram parte da programação de Halloween da Usina da Paz Cabanagem, em Belém, nesta terça-feira (01). Crianças e adolescentes aproveitaram o momento para se deliciar com doces e participar de muitas travessuras, como manda o evento.

“Esse momento aqui é bem essencial para tirarmos aquele clima de sempre viver o mesmo ritmo, fazendo as mesmas coisas na escola. Acho bem interessante isso”, disse o adolescente Rafael Lobato, reforçando o reconhecimento da comunidade escolar à UsiPaz como local de extensão do aprendizado e de convivência.Os jovens aproveitaram a data para brincar com a criatividadeOs jovens aproveitaram a data para brincar com a criatividadeFoto: Divulgação

“A ideia é exatamente essa: fazer com que, cada vez mais, eles estejam presentes nas atividades da Usina e possam fazer parte do nosso dia a dia, porque nosso complexo não é somente para os adultos; é também para nossos jovens e adolescentes, contribuindo com essa parcela da nossa sociedade que tanto precisa de diversão e entretenimento”, explicou a coordenadora-geral do complexo multifuncional da Cabanagem, Ivanilda Vieira.

A maquiagem é um item fundamental na celebraçãoA maquiagem é um item fundamental na celebraçãoFoto: Divulgação

Cenário de inclusão - Para quem ainda não havia entrado no espaço, presenciar um evento como a programação alusiva ao Dia das Bruxas, celebrado mundialmente em 31 de Outubro, foi um despertar para o desejo de inclusão no cenário de transformação da comunidade. “É uma coisa bem legal. É uma chance para nós, da comunidade. Essa é a primeira vez venho aqui, e achei massa! Com certeza, vou frequentar mais vezes”, garantiu a estudante Adrya Vitória Fernandes, 17 anos.

A Usina recebeu decoração característica do Dia das BruxasA Usina recebeu decoração característica do Dia das BruxasFoto: Divulgação

A celebração pelo Dia das Bruxas foi iniciada na segunda-feira (31) nos complexos localizados do bairro do Bengui, também na capital, e Nova União, em Marituba (Região Metropolitana). A programação prossegue na próxima sexta-feira (04), no complexo do Icuí-Guajará, em Ananindeua (RMB), com várias atividades, incluindo concurso de fantasia, dança, entrega de brindes, exibição de filme e contação de histórias, a partir de 15h30.

Texto: Ascom Seac