A venezuelana Dayana Sanchez, de 33 anos, era só alegria. Ela que participou da oficina de estamparia em tecidos, agradeceu a oportunidade e o acolhimento. "Aqui eu fui muito bem atendida e me senti acolhida por todos, estou feliz em ter participado do curso de estamparia e agora que conheci o TerPaz, pretendo participar de outras ações’’, disse a participante. 

A ação faz parte do encerramento do projeto "De Menina a Mulher, Tortura que Ela Não Atura", que durante um mês realizou várias ações e oficinas para mulheres do bairro Bengui, em Belém. O objetivo é levar conscientização, orientação, oficinas de empreendedorismo e diálogos sobre a violência contra a mulher para moradoras dos bairros atendidos pelo programa Territórios Pela Paz (TerPaz).

"Além das oficinas, que são uma forma de geração de renda, nós trouxemos uma roda de conversa com as mulheres a respeito dos tipos de violência doméstica existentes, porque muitas vezes as mulheres não percebem que já estão inseridas no contexto de violência. O bairro do Bengui foi o primeiro a ser beneficiado, agora o projeto vai seguir para os outros territórios atendidos pelo TerPaz’’, afirmou a gestora do TerPaz no Bengui, Juliana Chaves.


Foto: João Fernando / NUCOM SEAC

A estudante Brenda Martins, de 15 anos, participou da oficina de maquiagem. Ela contou que sempre gostou de se maquiar e com esse curso aprendeu várias técnicas. "Eu sempre gostei de maquiagem e quando soube da oficina aproveitei para fazer. Eu acho essas ações do TerPaz de extrema importância para a comunidade, já que muitas mulheres não têm uma fonte de renda e, com essas oficinas, elas puderam aprender e assim ter um trabalho’’, disse. 

O projeto é uma realização do Grupo de Teatro Palha, com parceria do Grupo de Mulheres Brasileiras (GMB), Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), e patrocínio da Embaixada da França no Brasil.


Foto: João Fernando / NUCOM SEAC

"Esse é um projeto que começa com uma palestra sobre os diversos tipos de violência doméstica, onde temos uma parceria com o Tribunal de Justiça do Estado do Pará, e depois convidamos essas mulheres para fazerem essas oficinas, que é uma forma que encontramos de garantir que elas comecem a pensar em uma independência financeira’’, concluiu a presidente do Teatro Palha, Tânia Santana.

"A partir desses projetos nós conseguimos também discutir com as mulheres, as políticas públicas voltadas para elas, tanto no aspecto da geração de renda como na questão da violência, por isso, que essa parceria com o TerPaz é de extrema importância para agregar ainda mais o trabalho que já realizamos aqui comunidade’’, relatou umas das coordenadoras do GMB, Elizabeth Raiol.

O projeto "De Menina a Mulher, Tortura que Ela Não Atura", também vai se estender para os outros 6 territórios atendidos pelo programa Territórios pela Paz.

Por Elizabeth Teixeira (SEAC)