INCLUSÃO SOCIAL 27/03 14h18

Neste domingo (12), haverá nova ação na Usina da Paz Terra Fime, das 9h às 16h, com foco nas mulheres negras e quilombolas. A entrada é franca.

Aos 27 anos de idade, a cuidadora de idosos, Ágatha da Costa Nunes, ainda não tinha conseguido registrar o nome, escolhido por ela, na carteira de identidade. Um sonho que ela nutria desde menina, mas que só agora pôde ser realizado. “Eu me reconheci mulher aos 8 anos, fui uma menina trans e hoje sou uma mulher trans. Só que devido às dificuldades do dia a dia não conseguia tempo de buscar o meu RG de nome social, por isso, vim aqui na Cabanagem quando descobri essa ação de hoje. É um sonho que estou realizando agora”, emociona-se Agatha.

 documentos reconhecendo seu nome social de mulher transAgatha Nunes, cuidadora de idosos, realizou finalmente um sonho: documentos reconhecendo seu nome social de mulher trans. Foto: Divulgação.
A cuidadora foi uma das muitas mulheres da comunidade LGBTQIA+ presente na abertura da “Usina das Manas”, programação organizada pela Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac) para celebrar o Dia Internacional da Mulher.

A iniciativa da Seac tem parceria da secretarias estaduais de Cultura (Secult), de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), de Saúde (Sespa), de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) e de Povos Originários, da Fundação Cultural do Pará (FCP), da Defensoria Pública do Estado; e também dos parceiros externos, como Universidade da Amazônia (Unama), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), e Organização das Nações Unidas (ONU).

Mulheres também tiveram a oportunidade de fazer limpeza de pele durante a ação na UsiPaz CabanagemMulheres também tiveram a oportunidade de fazer limpeza de pele durante a ação na UsiPaz Cabanagem. Foto: Divulgação.

Além da carteira com o nome social, as mulheres também receberam orientação para a troca da certidão de nascimento, mediante processo na Defensoria Pública. Elas também acessaram outros serviços como atendimentos médicos e odontológicos, regulação de exames de mamografia e preventivo, oficina de culinária, aula de dança, feira de artesanato de alunas e ex-alunas da UsiPaz e testagem para HIV, Sífilis e Hepatites.

A estudante Ana Valéria Castro foi uma das beneficiadas. Grávida de quatro semanas, ela ainda vai iniciar o processo de pré-natal, mas já garantiu alguns testes básicos. “Eu resolvi vir logo hoje para adiantar o que eu pudesse de exame porque sei que os médicos vão pedir e no posto demora muito. Aqui os exames ficaram prontos em 20 minutos”, explicou Ana Valéria.

Gastronomia e bem estar também na programação 

A preparação do molho karê foi uma das ações promovidas durante a ″Usina das Manas″A preparação do molho karê foi uma das ações promovidas durante a ″Usina das Manas″. Foto: Divulgação.

Mesmo sendo dirigido para o público LGBTQIA+, a programação também acolheu toda a população do bairro da Cabanagem e adjacências. Quem compareceu participou de aulas de dança e recebeu, massagens e limpeza de pele.

Na oficina de gastronomia, a aula foi sobre a preparação do molho karê, um preparo com especiarias indianas. “A maioria das alunas já frequenta as aulas de culinárias dos módulos que oferecemos na Usina. Hoje foi uma aula aberta para quem quisesse aprender o preparo desses molhos”, informou a chef e instrutora da oficina, Charlene Mendonça.

Para a coordenadora da Usina da Paz Cabanagem, Ivanilda Vieira, “este foi um momento muito especial onde podemos mostrar que a Usina é para todas, independente de gênero. A gente percebe que a comunidade trans ainda tinha um certo medo de vir aqui e não ser bem recebida e hoje tivemos essa oportunidade de mostrar que este é um equipamento para toda a comunidade, que qualquer pessoa pode vir e participar dos cursos e dos serviços”, elucida a coordenadora. 

Empreendedoras expuseram seus produtos artesanais à venda durante o evento na UsiPaz CabanagemEmpreendedoras expuseram seus produtos artesanais à venda durante o evento na UsiPaz CabanagemFoto: Divulgação coordenadora. 

SERVIÇO

A programação da Usina das Manas segue até o próximo dia 25 de março, percorrendo as UsiPaz de Belém e da Região Metropolitana. Neste domingo (12), haverá nova ação na Usina da Paz Terra Fime, das 9h às 16h, com foco nas mulheres negras e quilombolas. Toda a programação tem entrada franca e pode ser acompanhada na íntegra pelo instagram da Seac (@seac.pa) e Usinadas da Paz (@usinasdapaz).

Texto Dani Franco (Nucom/Seac)


INCLUSÃO SOCIAL 07/02 15h48

Fundação ParáPaz realizou três edições do projeto, em 2019, e fará ação simultânea nas UsiPaz em Belém, Marituba e Ananindeua em março.

Gestante em foto do ensaio fotográfico garantido a mulheres grávidas pela Fundação ParáPaz, por meio do Projeto 'Mãe'

Gestante em foto do ensaio fotográfico garantido a mulheres grávidas pela Fundação ParáPaz, por meio do Projeto 'Mãe' /Foto: Ana Paula Lima / Ascom ParáPaz

No próximo mês de março as Usinas da Paz localizadas nos bairros do Guamá, Terra Firme, Jurunas, Bengui, Nova União, Cabanagem e Icuí-Guajará recebem o Projeto Mãe - Mulheres em Atenção em Especial, destinado a mulheres grávidas, que estejam entre o segundo e o sexto mês de gestação. Criado pela Fundação ParáPaz, o projeto será realizado entre os dias 8 de março e 10 de junho deste ano, de forma gratuita.

A coordenadora do ParáPaz na UsiPaz Cabanagem, Jucicleide Seabra, explicou que o projeto surgiu a partir de análises dos estudos dos programas existentes voltados para a assistência integral à saúde da mulher.

Segundo Jucicleide Seabra, o objetivo é atender e apoiar mulheres grávidas do 2°mês de gestação até o 6°mês, incentivando o acesso aos serviços da rede pública de atenção básica. “O projeto também quer atender mulheres grávidas que são vítimas de violência doméstica, social e em situação de vulnerabilidade social e financeira”, afirmou ela.

Durante os três meses de atividades, o Projeto Mãe vai levar palestras com técnicos na área da saúde. Também vai disponibilizar assistentes sociais, psicólogos e advogados para explicar os direitos das grávidas. O Corpo de Bombeiros dará orientação sobre primeiros socorros ao bebê, e haverá, ainda, um “dia da beleza” em cada usina com maquiagem, limpeza de pele, design de sobrancelha e cílios, e um minibook com fotos da gestante.

Foto: Ana Paula Lima / Ascom ParáPaz

Nas três edições do projeto, realizadas em 2019, foram atendidas 1.030 gestantes. A expectativa deste primeiro momento dentro das UsiPaz é de que cerca de 30 grávidas possam ser contempladas em cada uma das Usinas. 

Inscrições
Neste momento as inscrições estão abertas na UsiPaz Cabanagem até o dia 13 de fevereiro, de 9h às 10h. É necessário apresentar as originais e cópias dos documentos de RG, CPF, comprovante de residência e caderneta da gestante (emitida pelo SUS).

As inscrições para as demais usinas serão informadas posteriormente nas redes sociais das UsiPaz e Fundação ParáPaz.

Texto: Dani Franco (NUCOM/SEAC)

 


INCLUSÃO SOCIAL 24/09 16h12

A proposta de democratização do acesso à comunicação alcança municípios do TerPaz na Região Metropolitana de Belém e se expande para as cidades do interior

A Secretaria de Estado de Comunicação (Secom) confirma a realização de mais três oficinas dentro do Programa Territórios pela Paz (TerPaz). Marituba recebe inscrições para a Oficina de Fotojornalismo que ocorrerá entre os dias 28/09 e 01/10 na Escola Dom Calábria, Rua São Lázaro (Rua Sexta), S/N, entre Rua da Cerâmica e Rua Bom Sossego.

Em seguida, será a vez de Abaetetuba com as Oficinas de Rádio e Fotografia para Celular, entre os dias 05 a 08 de outubro, na Faculdade de Educação e Tecnologia da Amazônia (FAM). Em novembro estão confirmadas para Ipixuna do Pará as oficinas Produção Cultural e Publicidade e Propaganda, entre os dias 9 a 12 de novembro. As inscrições podem ser feitas presencialmente no Instituto Flor de Lótus/ Rua Luiz Batista Nonato, 290.

Para tornar os moradores protagonistas, ao ecoar suas vozes e reverberar seus olhares, a Diretoria de Comunicação Popular e Comunitária (DCPC), recebe as demandas da própria comunidade para estruturar as oficinas, em 17 áreas de atuação. 

Moradora admira o mural de fotografias instalado pela SecomFoto: JADER PAES / AG. PARÁ

“A expectativa é democratizar o acesso à comunicação, levando essas ações para vários territórios, tanto do TerPaz, quanto de vários municípios do interior do estado. Em 2019, a DCPC não fez nenhuma ação fora da Região Metropolitana. Em 2020, por conta da pandemia, foi apenas uma, no município de Soure. E nesse ano, a gente já tem, além de Abaetetuba e Ipixuna do Pará, ações que ocorrerão nas Usinas Pela Paz de Parauapebas e Canaã e planejamos para 2022 estar mais presente, já estamos aqui na Região Metropolitana de Belém, mas estar mais presente no interior do estado”, pontua o diretor Fábio Oliveira.

Em agosto, a DCPC retomou as ações pelos territórios do Terpaz com a oficina de comunicação comunitária no território do Jurunas, seguida pela de fotojornalismo, no Benguí. “O objetivo é, em primeiro lugar, democratizar o acesso à informação e comunicação por meio de atividades educativas, promovendo nos territórios das comunidades políticas públicas e inclusivas de comunicação, criando também, pólos de comunicação comunitária para democratizar este acesso, acesso às mídias e possibilitar a criação de narrativas de pertencimento e protagonismo em todo o Pará”, acrescenta o diretor.

No Jurunas, a oficina de Comunicação Comunitária abordou o uso da informação e da comunicação de forma ética, e das ferramentas digitais em prol da comunidade. Durante cinco dias, a fotógrafa e arte educadora Deia Lima apresentou aos moradores do bairro as novas plataformas de comunicação.

Em tempos de proliferação de fakenews que impactam diretamente no cotidiano das pessoas, causando prejuízos irreversíveis, a comunicação cidadã se torna ainda mais necessária. Por isso, na oficina de Fotojornalismo, no bairro do Benguí, ministrada por Rafael Fernando, trouxe a imagem como instrumento para levantamento de questões como transporte, obras para a comunidade, projetos sociais. 

“Dar aula sempre é um desafio, eu tenho que estar preparado para sensibilizar, para olhar as necessidades de cada aluno e aluna dentro desse processo educacional. Então foi muito importante ir até o Benguí ministrar oficina de fotojornalismo e principalmente escutar as demandas, os anseios da comunidade e ver que eles construíram isso juntos e puderam conhecer outros espaços outros locais que promovem cultura, educação e lazer”, pontua Rafael.

A comunicação e a informação cidadã pode ajudar a combater estereótipos criados sobre o bairro como violento e onde só existem pontos negativos. “Escutá-los e escutá-las falando sobre como romper estereótipos, aplicando iniciativas engajadas também faz toda a diferença neste processo, e continuar dando aulas faz toda diferença, pois ao produzir conhecimentos, o conhecimento não fica preso ali. É uma produção deles, é uma produção coletiva, e eles vão levar esse conhecimento como contribuição para levar transformações para a sua realidade”, pontua o instrutor.

A professora Beth Raiol mora no bairro do Benguí e integra o Grupo de Mulheres Brasileiras (GMB). “Essa aprendizagem sobre a importância da viabilidade da comunicação comunitária para a cidadania, pelo fotojornalismo. Então as aulas foram enriquecedoras possibilitaram um encontro que a gente pudesse reconhecer a importância e a viabilidade do uso de ferramentas tecnológicas, como exemplo o celular, para potencializar a comunicação na periferia, para periferia e da periferia sobre a realidade social que ela vive: tanto nos aspectos de desafios dos problemas que a gente vivencia na periferia, quanto também das potencialidades”, destacou Beth.

Para a educadora, a oficina ampliou a dimensão da cidadania aos participantes. “Para desconstruir aquele estigmas que é colocado na periferia, e muitas vezes nós moradores da periferia acabamos absorvendo essa ideia, então através do fotojornalismo é possível contribuir para a desconstrução dessa ideia e também de nos tornarmos protagonistas e levarmos através nossa própria voz, das imagens que a gente pode criar, uma nova ideia, uma nova perspectiva sobre a nossa as nossas potencialidade do bairro”, acrescentou Beth.

Usinas da Paz

A Usina da Paz é um projeto integrado ao TerPaz, elaborado pelo Governo do Pará e coordenado pela Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), em parceria com a iniciativa privada, que visa a construção de 10 espaços na Região Metropolitana de Belém e na região Sudeste.

“A população vai contar com um espaço todo equipado, com câmeras, mesas de som, equipamentos de audiovisual além de instrutores dentro dessas áreas. Todos podem demandar essas ações da DCPC/Secom, a população da Região Metropolitana ou dos municípios do interior do estado, ONGs, Prefeituras. Para isso é só entrar em contato através do e-mail: dcpc@secom.pa.gov.br e para outras informações sobre a atuação da diretoria, é só acessar o site ou o facebook da Secom”, detalha o diretor Fábio Oliveira.

Próximas Oficinas

Fotojornalismo em Marituba

Data: 28/09 a 01/10

Local: Escola Dom Calábria, Rua São Lázaro (Rua Sexta), S/N, entre Rua da Cerâmica e Rua Bom Sossego.

Para as inscrições, acesse aqui

Rádio e Fotografia para Celular em Ababetetuba

Data: 05 a 08 de outubro.

Local: Faculdade de Educação e Tecnologia da Amazônia - FAM.

Inscrições (Rádio), acesse aqui

Inscrições (Fotografia para Celular), acesse aqui.

Produção Cultural e Publicidade e Propaganda (Ipixuna do Pará)

Data: 9 a 12 de novembro (A inscrição é presencial)

Local: Instituto Flor de Lótus/ Rua Luiz Batista Nonato, 290

Inscrições: Presencialmente 

Edital

O Edital de inscrições para os oficineiros está aberto até 12/2022. Confira mais detalhes, aqui.

Por Dayane Baía (SECOM)


INCLUSÃO SOCIAL 22/09 10h46

A ação é realizada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), dentro do programa estadual Territórios pela Paz (TerPaz), do Governo do Pará

Amigos inseparáveis assim são Victor Fernandes, de 15 anos, e Diogo Maia, de 17 anos, que é deficiente auditivo, os dois fazem parte da turma do projeto “Escolinha de Futsal”. Para se comunicar com o amigo, Victor contou que começou a aprender a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

“Eu sentia dificuldade de me comunicar com ele, por isso resolvi aprender, Libras, porque assim podemos nos comunicarmos melhor’’, disse Victor, que também falou da importância da inclusão social. ‘’Quando soube da escolinha de futsal resolvi participar e convidei o Diogo, esse trabalho que está sendo feito aqui na comunidade é muito legal porque promove a inclusão social’’, concluiu ele.

A ação é realizada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), dentro do programa estadual Territórios pela Paz (TerPaz), e ocorreu na manhã desta segunda-feira (20), na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor Francisco Paulo do Nascimento Mendes, no bairro do Icuí-Guajará, em Ananindeua. O objetivo é atender crianças e adolescentes do território.

“Hoje ocorreu a primeira aula, aqui no bairro do Icuí-Guajará, ou seja, nós estamos conseguindo ampliar esses serviços para os territórios atendidos pelo TerPaz, já iniciamos também nos bairros do Benguí e da Cabanagem, em Belém, mas todos os serão beneficiados", destacou o professor de Educação Física da Seduc, Rodrigo de Jesus.


Foto: NUCOM/SEAC

O professor informou que "durante as aulas, nós trabalhamos os fundamentos da modalidade, de acordo com as caracterizas dos alunos e, no decorrer, vamos desenvolvendo uma parte mais técnica de jogo, até chegar em um nível próximo a uma competição”, acrescentou ele.

A gestora do TerPaz no Icuí-Guajará, Delma Braga, destacou a importância dessa ação. “Essa escolinha foi muito procurada, essa que é uma atividade muito importante para o desenvolvimento desses jovens. A ação já vinha sendo pensada há um tempo, mas devido ao agravamento da pandemia tivemos que adiar o início, o objetivo é socialização dos participantes e tirá-los de uma situação de vulnerabilidade’’, afirmou a gestora.

O estudante Marcos Vinícius, 12 anos, contou que sonha em ser jogador de futebol. “Eu estou muito grato por essa oportunidade, que o governo está nos dando, eu estou gostando muito de participar dessa escolinha, já que eu gosto de jogar e tenho sonho em ser jogador de futebol profissional”, afirmou o estudante.

SERVIÇO

As aulas serão ofertadas todas as segundas e quartas. As inscrições podem ser realizadas nesses dias na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professor Francisco Paulo do Nascimento Mendes, das 9h às 11h.

Por Elizabeth Teixeira (SEAC) 


INCLUSÃO SOCIAL 22/09 10h31

A iniciativa do governo do Estado, dentro do TerPaz, quer contribuir para a melhor definição de políticas públicas locais a partir dos dados coletados

A riqueza de possibilidades do uso do “TerPaz Maps” foi logo percebida por Alexandro Santos, morador do bairro do Guamá, onde o aplicativo do projeto “Mapas Digitais” foi apresentado em reunião com líderes comunitários na tarde desta quarta-feira (15).

“Temos que aproveitar ao máximo essa ferramenta que apresenta muitas possibilidades de uso. Esse é um projeto de grande valia tanto para nós moradores quanto para a administração pública”, constatou Alexandro.

O projeto “Mapas Digitais” é realizado pelo governo do Estado nos bairros atendidos pelo Programa Territórios pela Paz (TerPaz). Desenvolvido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), em parceria com a Faculdade de Tecnologia em Geoprocessamento da Universidade Federal do Pará (UFPA), o “Mapas Digitais” faz o levantamento de logradouros públicos e privados dos bairros e os reúne no aplicativo Terra Maps, que estará disponível para smartphones com sistema Androide logo após o seu lançamento, previsto para a primeira quinzena de outubro. 

"Durante o período mais intenso da pandemia nossa equipe fez o levantamento remoto dos principais logradouros do bairro utilizando informações de satélites. Agora, vamos confirmar essas informações quadra a quadra", disse aos presentes à reunião, o coordenador do projeto, Paulo Melo, no encontro realizada no Espaço Cultural Nossa Biblioteca.

As 199 quadras do Guamá serão percorridas pela equipe do projeto esta semana, contando com o apoio das lideranças do bairro.

Economia popular – Paulo Melo destacou que ao realizar o levantamento em outros dos bairros do TerPaz verificou-se a força da economia popular nos territórios com destaque para os pequenos comércios e oferta de serviços.

“Vimos o peso que tem a economia popular nesses bairros e decidimos estreitar a comunicação com esses empreendedores criando um canal para que possam acrescentar informações sobre suas vendas e prestação de serviços”, ressaltou o coordenador. Paulo explicou que informações como horário de atendimento e serviços de entrega poderão ser acrescentadas ao aplicativo.

Além do fortalecimento da economia popular nos bairros, as informações disponíveis no aplicativo poderão ser utilizadas para a elaboração e definição de políticas mais assertivas por parte do poder público. 

No “TerPaz Mapas” poderão ser encontrados os grandes empreendimentos empresariais implantados nos bairros assim como os comércios populares como vendas de açaí, frango assado, chope, salões de beleza, oficinas, entre outros. Além disso, estarão disponíveis informações como condições de pavimentação das vias, paradas de ônibus, existência de terrenos baldios, descarte irregular de lixo.

Investimento assertivo - O morador Alexandro Santos destacou que as informações do aplicativo podem ser utilizadas tanto por visitantes quanto pelos moradores e poder público. “Como as informações do aplicativo são constatadas de forma fidedigna pelas equipes que andam em cada quadra dos bairros, o poder público poderá utilizá-las para formatar políticas e atuar de forma mais intensa e eficaz”, observou o morador.

Ele destacou ainda que as pessoas que tiverem intenção de abrir um pequeno negócio poderão verificar que tipo de investimento pode ser feito em determinada quadra do bairro onde mora. “O aplicativo tem uma riqueza de informações que poderão ser usadas para diversas finalidades”, concluiu Alexandro. 

Por Jeniffer Galvão (SECTET)