As mortes, incluindo a de um policial militar, terão resposta rápida e veemente do Estado, garante delegado-geral da Polícia Civil em entrevista coletiva.

Em coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (06), na Delegacia-Geral da Polícia Civil, órgãos integrados de segurança pública divulgaram o andamento das investigações sobre o triplo homicídio ocorrido no domingo (5), no bairro da Cabanagem, em Belém. Um sargento da PM está entre as vítimas. Uma operação foi iniciada na tarde de hoje nos arredores do bairro da Cabanagem, envolvendo mais de 100 agentes da Cavalaria, Canil e grupamento de motocicletas.

 

De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Alberto Teixeira, dois homens pilotando uma motocicleta efetuaram quase 15 disparos contra um grupo de quatro pessoas, em um bar. Três delas morreram, e a quarta foi levada com vida para o hospital. "Não temos dúvidas de que se trata de uma execução. Não posso afirmar qual seria o alvo, já que quatro pessoas foram alvejadas, sendo três fatalmente. Tão logo aconteceu o crime, a Polícia Militar se fez presente no local. A resposta tem que ser veemente, porque um agente público foi morto. Então, nós vamos agir de forma bastante incisiva contra esses autores. As investigações estão adiantadas, e é uma questão de tempo pra que nós possamos prender os executores e eventuais mandantes", afirmou Alberto Teixeira.

Esta foi a primeira morte de policial militar este ano na Região Metropolitana de Belém. O último caso registrado ocorreu em julho de 2019. O comandante-geral da PM, coronel Dilson Júnior, afirmou que a Polícia Militar está consternada com a perda de um integrante, mas confia no trabalho integrado dos órgãos de segurança, que têm elucidado 100% dos casos de assassinatos de agentes. “É uma perda muito grande. O sargento Vilhena tinha uma longa experiência. Nós temos o programa PM Vítima, onde aqueles que porventura sejam ameaçados procuram o Centro de Inteligência da PM, e é feita toda uma análise psicossocial. Nos casos em que essa ameaça se comprova, o policial recebe um aluguel social para que possa se mudar do local onde reside”, informou o coronel Dilson Júnior. Apesar de informações preliminares sobre ameaças ao policial assassinado, a PM informou que não havia nenhum registro dele informando essa condição.

Redução - Durante a coletiva de imprensa, a Secretaria de Inteligência e Análise Criminal, vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), também apresentou dados sobre policiais militares vítimas de homicídio. Em 2016 foram assassinados 26 agentes. No ano seguinte esse número chegou a 34, e subiu para 45 em 2018.

O delegado Fernando Bezerra destacou a queda de homicídios, roubos e outros crimes nas áreas do TerPaz, como o bairro da Cabanagem

Na gestão do governador Helder Barbalho, esse número caiu para 29 no ano passado. “Desde a transição do governo, estamos monitorando o bairro da Cabanagem, uma área bastante sensível e, não por acaso, entrou no Programa Territórios pela Paz (TerPaz) (que combate a criminalidade com ações de segurança e cidadania). Tivemos uma redução significativa de homicídios, roubos e outros crimes nesse bairro, e nos outros sete bairros que compõem o programa”, afirmou o delegado Fernando Bezerra.